Milhares de computadores foram infectados em novo ciberataque

de Merelyn Cerqueira 0

Apenas um mês e meio após o WannaCry , uma nova onda de ciberataques mundial começou nesta última terça-feira (26). Iniciado na Ucrânia e Rússia, o ataque via ramsomware visou sites de grandes empresas, atingindo também milhares de computadores a fim de expor suas vulnerabilidades.

O vírus é capaz de bloquear as máquinas e cobra 300 dólares em moeda virtual (bitcoins) como resgate. Ele já afetou os controles da usina nuclear de Chernobyl, o porto de Mumbai e multinacionais em todo o mundo, de acordo com informações da Yahoo Notícias.

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Tela de computador invadido por hacker no Hospital de Câncer de Barretos (SP) 

Estima-se que mais de 2.000 usuários tenham sido afetados, a maioria na Ucrânia e Rússia, de acordo com Kaspersky Labs, uma empresa especializada em segurança virtual com sede na Rússia.

Eles estimam ainda que, em um primeiro momento, o vírus não parece ser uma versão nova no Petya (ativo desde o ano passado), conforme apontado por outros especialistas.

“Parece ser um ataque complexo, que usa vários vetores para se propagar pelo menos dentro das redes das empresas visadas”, disse a companhia.

De acordo com a Microsoft, o ciberataque utilizou várias técnicas para se propagar, incluindo a exploração de uma falha no Windows, para qual a empresa já havia emitido uma atualização de correção. 

Entre as empresas afetadas está a gigante petrolífera russa Rosneft, a companha de navegação Maersk, da Dinamarca; a farmacêutica Merck, dos EUA; a francesa Saint-Gobain, que fabrica materiais de construção; a WPP, uma empresa britânica de publicidade; o grupo alemão Beiersdorf e até mesmo a Nivea.

Na Ásia, o porto de Mumbai, o maior da Índia, advertiu que em razão dos ataques, especialmente pelas panes registradas no terminal da Maersk, pode ocorrer acúmulo de contêineres. De acordo com o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, um grande ataque cibernético poderia resultar na ativação do artigo 5 do Tratado da Otan. Este sugere que, um ataque a um dos países membros é um ataque a todos eles.

“Os ataques de maio e o desta semana só destacam a importância de reforçar a nossa defesa cibernética”, disse Stoltenberg.

Em maio deste ano, o vírus WannaCry afetou centenas de milhares de computadores em todo o mundo, resultando na paralização do serviço de saúde britânico (NHS) e até mesmo fábricas da montadora francesa Renault.

O ataque foi associado a um grupo de hackers conhecidos como Lazarus, suspeitos de manter relações com a Coreia do Norte.

O governo ucraniano informou nesta quarta-feira que o ataque havia sido parado e que a situação estava sobre o controle de especialistas em segurança cibernética, que também estavam trabalhando para recuperar os dados que haviam sido perdidos.

Fonte: Yahoo / TecMundo Foto: Reprodução / Veja / Pixabay

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