Menina que superou câncer tira a própria vida por causa de bullying

de Merelyn Cerqueira 0

Bethany Thompson, de Ohio, tinha apenas três anos quando foi diagnosticada com um tumor cerebral. Desde então, teve que passar por uma série de tratamentos médicos, incluindo quimioterapia. Então, em 19 de outubro de 2016, oito anos após ter vencido sua batalha contra o câncer, acabou tirando a própria vida em razão do bullying, de acordo com informações da CNN News.

 

De acordo com informações da polícia, Thompson havia encontrado uma arma escondida em sua casa e atirado em si mesma. Sua mãe, Wendy, por outro lado, afirmou que nunca havia contado aos filhos onde guardava a arma, e que sempre a manteve em um local seguro. Bethany era uma constante em nossas vidas, agora sinto que há um espaço vazio dentro de mim que nunca será preenchido”, disse ela à época.

 

De acordo com ela, a escola onde Bethany estudava sempre esteve ciente do problema, e que havia falado com o diretor uma semana antes do incidente. Ele teria dito à família que estava investigando o caso. Wendy então pediu que conversasse com os pais das crianças responsáveis, que estes perceberiam e mudariam o comportamento dos filhos.

 

Em um comunicado, Chris Piper, superintendente do Distrito Escolar, confirmou que a escola estava ciente do caso. “No último ano letivo, os oficiais do distrito investigaram uma queixa levantada pela própria estudante e haviam resolvido apropriadamente o caso”, disse. “Assim como muitos outros distritos estão fazendo atualmente nos EUA, o distrito escolar do município que Bethany frequentava está empreendendo esforços para reforçar o treinamento antibullying”.

 

A família até chegou a considerar trocar Bethany de escola. No entanto, como estudava lá desde que havia iniciado a vida escolar, a mãe achou que seria melhor deixá-la em um local onde todos já conheciam sua história.

 

Á época, ela também chegou a frequentar terapias para desenvolver mecanismos de enfrentamento e aprender a lidar melhor com sua autoestima. No entanto, isso e o apoio das amigas não foi suficiente para ajudá-la a lidar com as intimidações que recebia dos colegas de classe.

 

Então, em seu último dia de aula, foi junto com uma amiga até a secretaria com cartazes antibullying, dizendo: “Devemos ser amigos, não intimidadores”. Porém, os supervisores não permitiram o protesto.

 

Após sua morte, a família resolveu levantar fundos para ajudar com despesas para o funeral. Doações e mensagens de condolência foram enviadas de todo o país, e o restante do dinheiro arrecadado foi usado pela família para ajudar a aumentar a consciência sobre as consequências do bulliyng.

[ CNN / Psiconline News ] [ Foto: Reprodução /  CNN ]

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