Menina descobre que “picada de inseto” se tratava de tumor canceroso

de Otto Valverde 0

Emma Payton, de Greater Manchester, na Inglaterra, hoje com 10 anos de idade, descobriu um pequeno nódulo em sua bochecha enquanto estava de férias com sua família no Egito. Semelhante a uma pequena picada de inseto, após uma série de exames, o nódulo foi diagnosticado como um rabdomiossarcoma, um tipo raro de câncer, que atinge crianças e adolescentes, capaz de atacar os músculos esqueléticos do corpo.

Emma precisou passar por uma cirurgia facial reconstrutiva, já que parte de sua bochecha foi cortada, bem como por sessões de quimioterapia. No entanto, ela também precisava de um tratamento feito à base de feixes de prótons – um tipo de radiação que pode identificar com maior precisão e acabar com os tumores. Assim, ela viajou com sua família até Oklahoma, nos EUA, para iniciar o tratamento que provavelmente salvaria sua vida.

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Enquanto a radioterapia convencional utiliza raios de alta energia para destruir as células cancerosas, muitas das vezes danificando o tecido circundante, a de feixes de prótons dirige a radiação diretamente ao tumor. Além disso, ela possui um efeito menor de riscos colaterais, sendo eficaz para o tratamento de tumores em regiões mais críticas, como o cérebro.

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De acordo com organização Macmillan, só no Reino Unido, menos de 60 crianças são diagnosticadas por ano com rabdomiossarcoma. A maioria delas é de menores de 10 anos de idade, sendo mais comuns em meninos. Esses tumores se desenvolvem a partir do músculo, podendo crescer em qualquer parte do corpo. As áreas mais comuns são em torno da cabeça, pescoço, bexiga, testículos, útero ou vagina. Às vezes também podem ser encontrados em um músculo ou membro, no peito ou parede abdominal. Quando acontece na área da cabeça ou pescoço, pode, ocasionalmente, se espalhar pelo cérebro ou coluna espinhal.

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As causas do rabdomiossarcoma ainda são desconhecidas, apensar das diversas investigações que acontecem a todo o tempo. Contudo, crianças com certas doenças genéticas raras, como a Síndrome de Li-Fraumeni, têm um maior risco de desenvolver a condição.

Hoje, operada e frequentando a escola em tempo integral, ela reconhece a gravidade de sua antiga condição e entende que muitas outras crianças tiverem destinos diferentes do seu. Segundo a mãe, a menina sente vergonha quando falam sobre sua bravura, porque ela se vê apenas como uma criança normal, que passou a ter câncer e venceu a doença.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]

Jornal Ciência