Indonésia: multidão irritada mata quase 300 crocodilos em vingança após homem ser comido

de Merelyn Cerqueira 0

Recentemente, foi relatado que um homem morador da província de Papua Ocidental, na Indonésia, foi morto por um crocodilo enquanto colhia grama dentro de um santuário de vida selvagem para alimentar seus animais.

A tragédia, no entanto, tomou proporções ainda maiores quando uma multidão enfurecida resolveu vingar a sua morte, matando no processo um total de 292 espécimes protegidos, segundo informações da IFLScience.

A multidão, composta por aldeões da ilha de Nova Guiné, atacou os animais com uma variedade de armas, incluindo facas, martelos, pás e porretes. Entre os crocodilos mortos estavam filhotes e adultos.

Os aldeões também atacaram o escritório do santuário, localizado dentro de uma fazenda na região.

De acordo com a BBC News, as autoridades locais não conseguiram impedir o ataque, embora estejam recebendo qualquer um interessado em prestar queixas.

Conforme observado pelo The Guardian, a fazenda funcionava legalmente e tinha licença para a criação de crocodilos, como parte de um esforço para preservação da espécie.

Na Nova Guiné são encontradas diversas espécies de crocodilos, incluindo o de água doce (Crocodylus novaeguinea) e o crocodilo de água salgada (C. porosus). Relatórios indicam que a fazenda possuía ambas as espécies.

Felizmente, em relação a perigos de extinção, ambas estão listadas como “menos preocupante” na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Isso significa que, em geral, estão vivendo bem em seus habitats naturais, embora tenham saído há pouco tempo da lista de “vulneráveis” ou “ameaçados” da IUCN.

No entanto, a WWF observou que as espécies de crocodilos da Nova Guiné protegidas internacionalmente “continuam muito vulneráveis ​​ao comércio ilegal de pele”, acrescentando que a parte leste da ilha, Papua Nova Guiné – não a província indonésia – ainda exporta crocodilos selvagens em cativeiro, o que contribui para um declínio nas populações e uma redução na biodiversidade regional.

Fonte: IFL Science Fotos: Reprodução / Youtube

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