Homem faz cirurgia para remover massa de 12 kg da perna que surgiu após uma picada de mosquito

de Merelyn Cerqueira 0

Um homem indiano identificado apenas como Saidalavi, de 46 anos, foi diagnosticado com elefantíase quando ainda era adolescente.

A condição, que o deixou acamado por dois anos, fez com que desenvolvesse uma massa de 12 quilos na perna. Ele precisou de uma intervenção cirúrgica quando o nódulo recentemente infeccionou.

Após um mês de tratamento com antibióticos, os médicos removeram o crescimento, em uma operação que durou cerca de cinco horas e foi realizada no Amrita Institute of Medical Sciences em Kochi, na Índia.

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Saidalavi foi diagnosticado com elefantíase (filariose linfática) há 30 anos, de modo que o inchaço, causado pela picada de um mosquito infectado com nematoides filariais da superfamília Filarioidea, piorou com o passar do tempo.

Agora, um mês após a cirurgia, Saidalavi pode finalmente caminhar normalmente. Os médicos esperam que ele precise passar por mais uma cirurgia este ano, antes que possa viver uma vida normal. “Eu havia perdido toda esperança“, disse ele. “Agradeço aos médicos do fundo do meu coração por me permitirem levar uma vida normal”.

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É um sentimento incrível ficar de pé sozinho sem nenhum suporte”, afirmou. “Estava preocupado que minhas pernas precisassem ser amputadas se a infecção se espalhasse. Agora eu tenho minha vida e espero voltar a trabalhar novamente”, acrescentou.

De acordo com o cirurgião responsável, Dr. Subramania Iyer, a operação foi complexa. “Várias complicações poderiam surgir devido ao excesso de peso do paciente e sua incapacidade de caminhar”, explicou. “Foi um desafio para os anestesistas gerenciar a grande excisão em um paciente com excesso de peso.”

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Posicionar Saidalavi na mesa de operação corretamente também foi um desafio para os profissionais, de modo que exigiu um planejamento meticuloso.

Segundo o Dr. Iyer, em seis ou nove meses o homem ainda precisará de uma cirurgia de redução adicional para que seja capaz de levar uma vida normal.

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O que é a elefantíase?

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, a filariose linfática, ou elefantíase, é uma doença parasitária causada por algum dos seguintes nematoides (Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori). Mais comum em regiões tropicais.

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De acordo com Organização Mundial da Saúde, enquanto ela afeta mais de 120 milhões de pessoas em todo o mundo, outras 856 milhões, de 52 países, correm o risco de desenvolver o problema.

Aqui no Brasil, ela é comumente associada à picada do mosquito Curlex. Uma vez depositados na pele, os parasitas migram para os vasos linfáticos, onde se desenvolvem.

Embora a maioria das pessoas não tenham sintomas, algumas experimentam retenção de fluidos e inchaço devido a danos ao seu sistema linfático.

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Não há cura para a elefantíase, embora a quimioterapia preventiva possa interromper a propagação da infecção, reduzindo o número de parasitas nos fluxos de sangue das pessoas infectadas. Já o inchaço pode ser tratado por meio de cirurgia.

Fonte: Daily Mail Fotos: Reprodução / Daily Mail

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