Entenda quando o corrimento íntimo deixa de ser normal e indica doenças

de Merelyn Cerqueira 0

A mulher precisa estar sempre atenta as manchas que aparecem em sua calcinha. Isso porque, uma breve análise pode ajudar a identificar um problema mais sério. Por exemplo, o corrimento. Ele ocorre de duas maneiras: a fisiológica, quando não apresenta cor ou irritações; e o anormal, que é amarelado e acompanhado de sintomas problemáticos.

Corrimento vaginal saudável 

Pode-se dizer que o órgão sexual feminino é “autolimpante”. Desse processo de limpeza resulta em um pequeno corrimento, que é essencial para a manutenção da saúde íntima. Um corrimento vaginal saudável é composto por líquidos das paredes vaginais, muco do colo do útero e lactobacilos.

Como o ambiente vaginal é influenciado por hormônios, a variação na quantidade de corrimento saudável é completamente normal, de acordo com a ginecologista Dra. Deborah Bateson, do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Neonatologia da Universidade de Sydney, na Austrália.

“Além de proporcionar um ambiente protetor, o corrimento vaginal saudável proporciona a lubrificação natural com algo entre 1 e 4 ml de fluidos produzido a cada 24 horas”, escreveu a médica em um artigo para a The Conversation.

Corrimento problemático

Por outro lado, quando a secreção apresenta coloração amarelada e aparência leitosa pode ser resultado de alguma doença venérea ou de outro tipo de infecção, conforme apontado pelo Diário de Biologia.

Se vir acompanhada de cheiro pode ser um caso de tricomoníase, uma doença sexualmente transmissível causada por um parasita chamado Tichomonas vaginalis.

Além do corrimento, os sintomas incluem dor durante o contato íntimo e ardor ao urinar. Em outros casos mais raros pode se tratar de clamídia e gonorreia, uma vez que estas também provocam o aparecimento da secreção.

Para todos os efeitos, o aparecimento de corrimento anormal deve ser investigado por um ginecologista. Lembre-se que cada organismo funciona de um jeito e, portanto, somente um especialista poderá ajudar com o melhor tratamento.

Fonte: Diário de Biologia / Daily Mail Foto: Reprodução / Diário de Biologia

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