Conheça a rocha roteadora de Wi-Fi que funciona por energia de fogueira!

de Bruno Rizzato 0

À primeira vista, esta rocha, colocada estrategicamente em uma pequena clareira, na parte externa de um museu ao ar livre, na Alemanha, parece uma pedra comum.

Mas um olhar mais atento revela que a discreta rocha de 1,5 tonelada está longe de ser normal. Na verdade, ela é uma obra de arte com um roteador Wi-Fi integrado alimentado pelo fogo e um dispositivo USB escondido em seu interior. Criado pelo artista Aram Bartholl, de Berlim, a pedra, chamada de Keepalive, tenta destacar o contraste entre técnicas de sobrevivência antigas e modernas.

Bartholl revelou que sua inspiração para mesclar os conceitos de sobrevivência primitivo e moderno surgiu ao ver pessoas vendendo fogões à lenha após o desastre do furacão Sandy. Na ausência de energia elétrica, as pessoas estavam realmente usando os fogões antigos na geração e manutenção da energia de seus dispositivos.

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Então, ele criou uma rocha que funciona, exclusivamente, com a energia gerada por um gerador termoelétrico – que converte calor em eletricidade.

Os visitantes do museu Springhornhof precisam voltar ao básico de sobrevivência e fazer uma fogueira ao lado da rocha, para podererem usar a instalação. Quando uma quantidade suficiente de calor é produzida, eles podem se conectar ao roteador usando seus smartphones.

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A rede funciona com PirateBox, um software que cria redes sem fio de forma offline. Usando esta rede, os visitantes podem acessar, navegar e baixar arquivos armazenados em uma unidade USB, localizada em uma seção diferente da rocha.

A unidade contém uma variedade de informações em PDF sobre sobrevivência no mundo moderno, incluindo diversos guias bizarros com dicas para relacionamentos, separações e até mesmo para o sexo.

“Não se trata de fácil acesso às informações. A obra tem uma ideia toda distópica, como, será que precisamos de algo parecido com isso no futuro?

Será que alguém encontrará isto daqui cem anos – ainda funcionado – e fará uma fogueira ou estaremos num momento em que teremos a necessidade de ‘reinventar o fogo’ para obter acesso aos dados?”, disse Bartholl, em entrevista a Hyperallergic.

Fonte: Planeta Amusing Foto: Reprodução / Oddity Central

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