Conheça a árvore que produz “balas de canhão fedorentas” e bastante perigosas!

de Merelyn Cerqueira 0

Nativa do Caribe e de algumas regiões da América do Sul e Índia, a Coroupita guianenses, propriamente nomeada como “árvore canhão”, é conhecida pelos seus enormes e redondos frutos. O que seria normal, não fosse a característica incomum que os frutos possuem: eles costumam nascer no tronco e não nos galhos da árvore.

Quando amadurecem, eles normalmente caem no chão acompanhados de um enorme barulho de explosão (o que pode explicar o nome da árvore) e um odor terrível. Por mais curioso que pareça, as flores da árvore são perfumadas e aparecem em grupos, podendo medir até cinco metros de comprimento.

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São consideradas perigosas por pura negligência humana, já que são comumente plantadas em calçadas ou vias públicas, bem ao alcance dos pedestres. Logo, e correndo o risco de afirmar o óbvio, esse uso faz com que seja mais fácil alguém se ferir devido à queda do fruto, uma vez que ser atingido por um deles pode ser fatal.

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Suas folhas e flores são usadas medicinalmente porque acredita-se que possuam propriedades analgésicas e antibacterianas, por isso são utilizadas no tratamento de doenças de pele, malária e dores de dente. A casca do tronco também já foi associada à cura de resfriados e o interior do fruto geralmente é utilizado na limpeza de machucados. Apesar de não ter néctar, as flores da árvore possuem pólen em abundância, sendo especialmente atrativas para as abelhas – responsáveis por realizar a fecundação da planta. 

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Em algumas regiões da Índia a árvore tem sido utilizada como ornamento de santuários religiosos por pelo menos 3.000 anos, sendo encontrada em templos dedicados ao deus Shiva, e no Sri Lanka em templos budistas.

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É considerada sagrada para os hindus porque suas flores lembram a forma do chapéu utilizado por Naga, uma cobra sagrada presente na mitologia hindu. A Coroupita guianenses foi catalogada por um botânico francês, J.F. Aublet, em 1775.

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[ Fotos: Divulgação / Environmental Graffiti ]

Jornal Ciência