Como uma restauração bizarra salvou a economia de uma cidade

de Redação Jornal Ciência 0

O ano de 2012 foi marcado comicamente pela restauração malsucedida feita por Cecília Giménez, de 81 anos, do afresco Ecce Homo, pintado de 1930 por Elías Garcia Martinez.

 

O resultado não ficou como Cecília esperava, o rosto de Cristo ficou com uma aparência borrada e ela ganhou fama mundial. A idosa ficou chateada pela repercussão e passou vários dias chorando, segundo ela. Os herdeiros de Elías, autor da obra, ameaçaram-na judicialmente, mas nada aconteceu. Após a notícia cair no esquecimento, Cecília voltou à sua rotina normal.

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Mas nesse período, quem teve uma reviravolta na rotina foi a cidade de Borja, na Espanha, palco de todo o acontecimento. Possuindo menos de 5 mil habitantes, em meses ela acabou se tornando uma rota de turismo. Graças ao Santuário da Misericórdia, Borja recebeu milhares de visitantes pois é onde está a obra restaurada.

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Com a economia da cidade sendo restabelecida graças a esse inesperado fenômeno, começaram a ser produzidas diversas “lembrancinhas” com o rosto do Jesus Cristo restaurado. O lucro desses produtos tem uma parte dividida entre a restauradora e os descendentes do pintor.

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Por que as pessoas querem ver uma obra de arte tão terrível? Deus trabalha de maneiras misteriosas. Seu desastre pode ser meu milagre”, diz Andrew Flack, que está contando a história do sucesso acidental em quadrinhos. “Para mim, é uma história de fé”, conclui Flack.

[ Amusing Planet ] [ Fotos: Reprodução / Amusing Planet ]

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