Cientistas identificaram som misterioso proveniente do fundo do oceano

de Julia Moretto 0

Depois de meses de especulação, cientistas finalmente identificaram a fonte de um áudio assustador vindo fundo do oceano.

De acordo com o estudo, a misteriosa gravação de 3,5 segundos que foi identificada por um veículo autónomo no fundo da Fossa das Marianas é um tipo de som de baleias que nunca fora ouvido antes. Os especialistas ainda não sabem o real significado.

O gemido de baixa frequência é típico de baleias e esse tipo de som especificamente o torna realmente único. O mais surpreendente, é que nós não encontramos novas chamadas de baleias de barbatanas”, disse uma pesquisadora da equipe, Sharon Nieukirk da Universidade Estadual de Oregon.

Ele abrange frequências tão baixas quanto 38 hertz e tão altas quanto 8.000 hertz – os seres humanos podem ouvir entre 20 e 20.000 Hz. Este som não se parece ser de fontes geofísicas, como a baixa frequência de muitos sons produzidos por terremotos e gelo, nem sons produzidos por vento ou chuva. Nossa hipótese é de que esses sons complexos foram produzidos por uma fonte biológica”, comentou Nieukirk.

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O mesmo som foi gravado no outono de 2014 e na primavera de 2015 no Marianas Trench Marine National Monument – uma região de 246.000 km² da Fossa das Marianas, ao leste de Guam, uma das maiores áreas oceânicas protegidas do mundo.

Enquanto estes sons são novos no registro científico, a melhor pista que a equipe de Nieukirk teve foi a associação a um som bizarro da Grande Barreira de Coral da Austrália, em 2001.

Baleias-de-minke-anãs são uma subespécie de baleia-de-minke comum (Balaenoptera acutorostrata), caracterizadas pelas placas de barbas usadas para filtrar pequenos peixes da água do mar. Apesar dos especialistas terem estudado a espécie profundamente, o mistério ainda não acabou. Enquanto os chamados das baleias são frequentemente relacionados com o acasalamento, o som que estão fazendo foi identificado ao longo do ano.

Precisamos determinar quantas vezes a chamada ocorre no verão e no inverno, e em que medida ela está realmente distribuída“, disse Nieukirk. A equipe espera lançar outra expedição no local para encontrar os animais responsáveis ​pelo som e descobrir como e por que estão fazendo isso. A pesquisa foi publicada no The Journal of the Acoustical Society of America.

[ Science Alert ] [Fotos: Reprodução / Science Alert ]

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