Brinquedos antiestresse aquecem mercado e viram alvo de escolas

de Gustavo Teixera 0

A nova moda agora são os brinquedos antiestresse.

Na Amazon norte-americana, eles estavam no Top 10 dos mais vendidos e também já são um sucesso aqui no Brasil. Existem vários desses brinquedos, mas os fidgets mais populares no momento são os cubos com vários botões. 

Esse novo brinquedo foi desenvolvido para auxiliar crianças com autismo e transtorno de déficit de atenção (TDA), mas existem alguns especialistas que não acreditam muito na eficácia dos brinquedos.

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Segundo psicólogos, eles até podem ajudar algumas pessoas, mas ainda não foi comprovado cientificamente que servem para toda população.

“A doença mental é difícil de tratar e não é algo para o qual existam soluções simples”, disse Dr. David Anderson. 

Mesmo sendo uma nova mania, os fidgets não surgiram “do nada”: certamente você já deve ter se distraído alguma vez com pequenos objetos, como por exemplo clipes e tampas de caneta. Esses pequenos artefatos podem ajudar pessoas a ficarem focadas em suas tarefas e esses novos brinquedos seguem essa a mesma lógica.

A professora de mídia computacional Katherine Isbister, em um artigo publicado no site The Conversation, analisou as técnicas diferentes usadas pelas pessoas para se manterem concentradas. Ela notou que enquanto algumas preferem o silêncio absoluto, outras preferem a bagunça. 

Esses novos brinquedos reforçam esse quadro, pois podem ajudar a pessoa ficar mais concentrada em algo repetitivo.A professora também fez um estudo e concluiu que crianças com TDA prestam mais atenção em sala de aula quando são estimuladas por algum brinquedo.

No entanto, essa não é uma pesquisa que pode ser considerada definitiva, mas novas pesquisas e estudos são realizados a todo o momento. 

Apesar dos fidgets serem a mais nova moda de 2017, muitas escolas norte-americanas proibiram seu uso dentro das salas de aula, pois esses brinquedos fazem com que os alunos prestem atenção no objeto e não no professor.

Fonte: Time Fotos: Reprodução / Time

Jornal Ciência