Bebê que poderia ter morrido sufocado com a própria língua passa por cirurgia

de Merelyn Cerqueira 0

Paisley Morrison-Johnson, de Dakota do Sul, EUA, nasceu com uma condição rara chamada Síndrome de Beckwith-Wiedemann (BWS), que causou o crescimento anormal de sua língua.

Isso significa que ela lutou para conseguir se alimentar e os médicos chegaram a temer que pudesse sufocar a qualquer momento. No entanto, após a realização duas cirurgias de redução, ela já é capaz e comer e sorrir normalmente, segundo informações do jornal inglês Daily Mail.

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De acordo com os pais, Madison Kienow, 21 anos, e Shannon Morrison-Johnson, 23, ao passo que crescia sua língua também aumentava, a ponto de ficar para fora da boca. “Parecia que ela tinha a língua de um adulto dentro da boca de um bebê”, disse a mãe. “Sua língua estava constantemente para fora. Ela estava sempre a mastigando, porque ocupava muito espaço em sua boca”.

Nos três dias seguidos ao nascimento, a menina foi incubada e colocada em um respirador, porém, passada uma semana, ela conseguiu respirar por conta própria. As tentativas de amamentá-la por mamadeira foram inúteis, de modo que um tubo lhe fornecendo leite foi colocado diretamente em seu estômago.

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Aos seis meses os médicos optaram por remover parte da língua, em porções retiradas pelos lados. No entanto, ela voltou a crescer, o que fez com que precisasse de uma nova operação quatro meses depois da primeira.

Agora, desde que se recuperou pode sorrir pela primeira vez e se alimentar normalmente. “É como um bebê completamente novo – suas características faciais são diferentes, ela sorri muito e até está ficando perto de dizer suas primeiras palavras”, contou a mãe.

O que é a Síndrome de Beckwith-Wiedemann?

Conhecida também como macroglossia, a síndrome ocorre em um a cada 14.000 nascimentos, aproximadamente. De natureza genética, ela pode afetar qualquer parte do corpo. Crianças nestas condições costumam nascer prematuras, maiores e mais pesadas que o esperado. O crescimento da língua afeta a respiração, fala, alimentação e causa babar excessivo, podendo também resultar em uma mandíbula mais saliente.

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Ainda, algumas crianças com BWS nascem com uma abertura na parede do abdômen, que permite que os órgãos sobressaiam através do umbigo. Também são propensas a tumores hepáticos e defeitos cardíacos. A condição é diagnosticada geneticamente em 80% dos casos, com um restante feito por meio de exames clínicos.

Enquanto alguns não precisam de qualquer intervenção, outros são necessárias terapias de fala, cirurgias de redução ou realinhamento de mandíbula.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]

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