Bebê diagnosticado com síndrome rara quase morre engasgado com a própria língua

de Merelyn Cerqueira 0

Um bebê cuja língua cresceu o dobro do tamanho considerado natural, devido a uma condição rara chamada Síndrome de Beckwith-Wiedemann, quase morreu sufocado com ela. Dessa forma, os médicos recomendaram que ele passasse por uma cirurgia de redução. Após isso, a criança, chamada Layla Rei, de St. Louis, Missouri, no EUA, se tornou capaz de sorrir e comer normalmente.

 

Layla foi diagnosticada com a desordem congênita quando ainda estava no útero de sua mãe. Quando nasceu, sua língua era tão grande que não se encaixava na boca, além de seu intestino ter se desenvolvido para fora do corpo. A mãe, Danielle Youngburg, de 25 anos, temia que a filha não sobrevivesse, pois, quatro semanas após o nascimento, ela já estava precisando de aparelhos de respiração para se manter viva.

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Aos dois anos de idade, ela realizou a primeira operação para colocar o órgão de volta no corpo. No entanto, sua língua continuou a crescer cada vez mais, a ponto de fazer com que a criança se engasgasse constantemente com ela. Agora, após duas operações de redução, a língua, que anteriormente tinha cerca de 10 centímetros, finalmente permitiu que Layla pudesse comer normalmente e sorrir pela primeira vez.

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A Síndrome de Beckwith-Wiedemann afeta cerca de um em cada 14.000 mil nascimentos. Sendo considerada uma doença rara e, em alguns casos, de origem genética. Ela é caracterizada por um crescimento excessivo que pode atingir qualquer parte do corpo. As crianças diagnosticadas geralmente são prematuras, maiores e mais pesadas do que o natural. Normalmente, quando atinge a língua, a SBW causa um alargamento que prejudica a respiração, a alimentação, além de dificuldades na fala, mandíbula inferior saliente, bem como o babar excessivo.

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As crianças com essa condição também estão propensas a desenvolverem órgãos abdominais maiores, crescimento excessivo de apenas uma metade do corpo, tumores hepáticos e defeitos cardíacos. A SBW é diagnosticável em 80% dos casos, sendo o resto descoberto após exames clínicos.

[ Daily Mail ] [ Fotos: Reprodução / Daily Mail ]

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