Avó de 70 anos que jogou fora todos os seus comprimidos diz que maconha é o segredo para sua boa saúde

de Merelyn Cerqueira 0

Carol Francey, 70 anos, de Vancouver, Canadá, por anos sofreu com artrite, problemas no nervo ciático e insônia.

No entanto, ela afirmou que há cindo décadas jogou todos seus compridos fora, uma vez que começou a usar Cannabis sativa para tratar suas dores. Ela contou ainda que a droga melhorou sua qualidade de vida e aliviou os sintomas de ansiedade, segundo informações do Daily Mail.  

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Francey, que já trabalhou em clínicas de reabilitação como conselheira, revelou que decidiu jogar os medicamentos fora porque estes costumavam atrapalhar seu discurso e afetar seu equilíbrio.

Há cinco décadas, ela começou a fazer uso da maconha e atualmente trabalha com o grupo internacional “Grannies for Grass” (“Vovós pela Erva”) promovendo campanhas para mudar a legislação do Canadá em relação a droga.

Precisamos ajudar as pessoas mais velhas a ter uma melhor qualidade de vida, disse. A Cannabis ajuda você a superar a ansiedade da vida cotidiana e deixar de ficar nervoso por coisas pequenas.

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Francey começou a usar maconha quando tinha apenas 17 anos, mas manteve o hábito “dentro do armário”, para evitar manchar sua reputação como conselheira antidrogas. “Não gostava dos efeitos do álcool em mim ou nos outros, mas fui atraída pela comunidade da Cannabis que era criativa, divertida e inteligente”, disse.

“Mas, enquanto a Cannabis me deu muito apoio, o estigma social me impediu de participar plenamente dessa comunidade. Eu tinha medo de comprometer minha reputação, causar problemas aos chefes, colegas de trabalho e outros, ou até mesmo perder meu emprego. Não consegui revelar meu hábito”.

“Eu mantive distância das pessoas que poderia ter tido como amigas. Mantive esse segredo de todas, exceto as próximas. Se a Cannabis tivesse sido mais aceita, eu poderia ter oferecido maiores contribuições para minha comunidade”, disse.  “Por outro lado, uma comunidade de apoio e acolhedora estava lá me esperando quando eu finalmente pude ‘sair do armário’“.

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“Espero que meu exemplo como trabalhadora, profissional social e mulher mais velha e de classe média inspire outros como eu a se autoeducar e emergir com sua própria voz”, acrescentou.

Quando “saiu do armário”, Francey começou a se dedicar ativamente a mudança de lei no país, fazendo campanhas. “Eu me dedico a lutar por justiça por jovens usuários. Com novas leis sobre as pessoas que portam mais de cinco gramas, precisamos continuar essa luta”, disse. “Eu não sou uma avó normal. Não vou assar biscoitos durante a manhã, desfrutar de um café da manhã bonito e depois ir para uma caminhada perto do rio”.

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“Eu cozinho e fumo a maconha”, afirmou. Tenho vaporizadores, bongues, cápsulas e manteigas comestíveis por toda a casa”.

Enquanto que nos Estados Unidos, 29 estados já legalizaram a maconha para uso médico, dos quais sete também já permitem a droga em forma recreativa, o Canadá planeja legalizar o uso recreacional de maconha em julho do próximo ano.

Estudos recentes já demonstraram que a Cannabis não afeta o Q.I. dos adolescentes e pode até mesmo impedir o declínio mental em pacientes com HIV. No entanto, a pesquisa também revelou que a maconha aumenta o risco das pessoas desenvolverem transtorno bipolar, psicose e pressão arterial elevada e esquizofrenia.

Fonte: Daily Mail Fotos: Reprodução / Daily Mail

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