Aspirina poderia funcionar da mesma forma que o Viagra, sugere polêmico estudo

de Merelyn Cerqueira 0

Pesquisadores da Istambul Medipol University, na Turquia, descobriram por meio de um estudo de seis semanas que apenas 100 mg de aspirina por dia reduziu significativamente problemas de circulação em um grupo de homens, aumentando a taxa de sucesso de ereção.

Os resultados da pesquisa, sugere que a o medicamente poderia tratar a disfunção erétil, segundo informações do Daily Mail.

O estudo considerou um grupo de 184 homens, com idade média de 48 anos e com problemas de ereção. Ao final de um período de seis semanas, os pesquisadores descobriram que o função erétil aumentou em 14,3 em 30 (menos de 50%) para 21,3 (mais de 75%), com base em uma escala universalmente aceita, chamada Índice Internacional de Função Erétil (IIEF-5).

Tais estatísticas não ficaram longe da taxa de sucesso comercializada pelo Viagra, que é de 48% a 81%.

O estudo foi considerado inovador porque é o primeiro a avaliar como a terapia de plaquetas no sangue pode afetar a disfunção erétil, apesar de pesquisas anteriores associaram os problemas de ereção com o alto volume de plaquetas.

Segundo o autor principal do estudo, Dr. Zeki Bayraktar, alguns homens têm volumes maiores de plaquetas do que outros, o que acarreta em uma maior produção de tromboxano, um membro da família de lipídeos que é conhecido por ser o “agente de bloqueio mais potente” da circulação.

Para o experimento, dos 184 homens estudados, 120 deles tomaram aspirina, enquanto que os 64 restantes, placebo. Assim, durante um período de seis semanas, foram rotineiramente questionados com duas perguntas:

– Você conseguiu inserir seu pênis na vagina de sua parceira?

– Sua ereção durou o suficiente para que tivesse relações sexuais bem-sucedidas?

De acordo com os relatórios do estudo, todos os participantes começaram com respostas semelhantes. Cerca de 50% do grupo de placebo respondeu “sim” à primeira pergunta, enquanto que 51,3% do grupo da aspirina fez o mesmo.

Por outro lado, menos de um terço de cada grupo (31,6% e 31,2%, respectivamente) disse “sim” para a segunda pergunta. Já no final do estudo, as respostas foram extremamente diferentes. Após seis semanas de do uso diário de aspirina, 88,3% dos homens responderam “sim” à primeira pergunta, enquanto que 78,3% disseram “sim” à segunda.

O grupo de placebo também experimentou mais ereções durante o estudo, embora não de maneira estatisticamente significativa. Segundo os pesquisadores, 59,3% por cento respondendo “sim” à primeira pergunta e 43,5% por cento respondendo “sim” ao segundo no final do estudo.

Entretanto, urologistas que não estiveram envolvidos no estudo advertiram os homens a respeito dos resultados, uma vez que o experimento não envolveu uma grande amostra de pacientes.

Além disso, os pesquisadores não consideraram questões como diabetes, hipertensão e doença arterial coronariana, que também influenciam na disfunção erétil.

“Embora o estudo tenha contribuído para o crescente número de evidências que ligam a disfunção endotelial à disfunção erétil, os resultados devem ser reproduzidos em maior escala antes de tirarmos qualquer conclusão sobre o uso da aspirina como uma forma de prevenção e tratamento”, concluiu o Dr. Darshan P. Patel, da Divisão de Urologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Utah, à Renal e Urology News.

Fonte: Daily Mail Foto: Reprodução / Jornal Ciência

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